Mina de ouro Pilar e mina de ouro Roça Grande

Mine Pilar E Mina Roça Grande

O Complexo de Mineração Caeté (CCA) é composto por duas minas subterrâneas (Mina Roça Grande e Mina Pilar) que utilizam uma combinação de métodos de mineração tipo corte e preenchimento mecanizados e de realce em subníveis. O minério produzido nessas minas é transportado para tratamento por gravidade, flotação e CIL, com capacidade para 2.200 toneladas por dia do concentrado de flotação, na planta de processamento adjacente à mina Roça Grande. O minério da mina Pilar é transportado por caminhão por uma distância total de aproximadamente 40 quilômetros até à a planta Caeté. Atualmente a mina de Roça Grande está com suas operações temporariamente suspensas para manutenção.

Localização

O complexo de mineração Caeté, que inclui as minas de Pilar e Roça Grande e a Usina Caeté, está localizado no Estado de Minas Gerais, a 50 quilômetros a leste da cidade de Belo Horizonte.

Estatística Consolidada da Mina do Complexo Caeté
Duas Minas Subterrâneas
Métodos de Mineração da Mina Roça Grande e Mina Pilar:
  • Pilar - Realce aberto de Subnível
  • RG - Corte e preenchimento mecanizado
Minério de Pilar enviado à RG, 50kms
Capacidade - 2,200 tpd

 
 

Estatística da Mina Pilar
Operação subterrânea - minério enviado para a usina RG, 50kms
Método de Mineração - Realce aberto de Subnível
Capacidade - 2,000 tpd

* Será publicado com os resultados financeiros de final de ano fiscal em março

Jazida Pilar - Geologia

A jazida Pilar é hospedada pelas unidades basais do Grupo Nova Lima. As rochas da região da mina são formadas por basaltos toleíticos e derrames komatiitos das Unidades Ouro Fino e Morro Vermelho, juntamente com seus equivalentes intrusivos. A oeste, essas unidades basais estão em contato de falha com quartzo-mica xisto, quartzo-clorita xisto, sericita-clorita xisto e rochas sedimentares químicas e clásticas da Unidade de Santa Quitéria. As rochas sedimentares químicas incluem chert e BIF. Ao Leste, as unidades estão em contato de falha com migmatitos e gnaisses graníticos do Complexo Santa Bárbara que formam a sequência do embasamento.

Na propriedade da mina, todas as unidades de rocha mergulham na direção nordeste. O mergulho regional das unidades muda para a direção sudeste, ao sul da propriedade da mina. O mapeamento regional descobriu que as foliações na maior parte mergulham abruptamente para o sudeste. As falhas de empurrão, em escala regional, tem mergulhos que variam de nordeste a sudeste dentro da propriedade da mina.

Dentro das propriedades, pelo menos três orientações diferentes de falhas são reconhecidas. A falha mais antiga é a falha de empurrão em escala regional ocorrendo na porção nordeste, que forma o contato entre a Unidade de Santa Quitéria e as Unidades Ouro Fino e Morro Vermelho. Esta falha de empurrão corta transversalmente e encerra um conjunto mais setentrional de falhas com uma inclinação de aproximadamente 20° e mergulha abruptamente para o leste. O terceiro conjunto de falhas é direcionado no sentido leste-oeste e tem mergulhos subverticais. Observou-se que o deslocamento ao longo dessas falhas em exposições subterrâneas é da ordem de um a dois metros.

As rochas hospedeiras da mina foram afetadas por pelo menos um evento de dobramento. O mapeamento estrutural na propriedade mostrou que a orientação dos eixos de dobra tem caimento de aproximadamente 45° para o sudeste (azimute 135°).

A mineralização na Mina Pilar é hospedada por várias unidades de rocha hospedeira, incluindo as BIFs, juntamente com xistos máficos e clorita talco xisto. A mineralização de ouro está associada à sulfetação, composta por arsenopirita e pirrotita. Veios de quartzo também podem ocorrer, no entanto, a presença de quartzo não é um pré-requisito para maiores valores de ouro. Os minerais sulfetados ocorrem principalmente como disseminações na rocha hospedeira, no entanto, concentrações semi-massiças a massiças são vistas localmente ao longo de algumas dezenas de centímetros. Os veios de quartzo têm normalmente menos de um metro de largura.

Mina Roça Grande - Complexo CCA

Estatística da Mina Roça Grande
Operação Subterrânea - minério usinado no local, na operação da usina RG
Método de Mineração - Corte e preenchimento mecanizado
Capacidade - 2,000 tpd

JAZIDA ROÇA GRANDE

A Mina Roça Grande está localizada na unidade superior do Grupo Nova Lima. Os tipos de rochas dominantes encontrados na mina são um conjunto misto de meta-vulcanoclásticos e meta-tufos. Esses são representados por quartzo sericita e clorita xisto com quantidades variáveis de BIF de fácie carbonática, BIF de facie óxido, metacherts e xistos grafitoso. As formações ferríferas, as unidades chert e as unidades de xisto grafitoso estão intimamente interligadas entre si, de tal forma que formam um conjunto químico de unidades sedimentares clásticas.

Dois importantes horizontes de BIF estão presentes na Mina Roça Grande, na Estrutura Norte (Estrutura 1) que hospeda o corpo mineralizado RG01 e a Estrutura Sul (Estrutura 2) hospeda os corpos mineralizados RG02, RG03 e RG06. O corpo mineralizado RG07 está localizado imediatamente na parede suspensacapa (hangwall) da Estrutura 1 e é hospedado principalmente por um veio de quartzo. O estrato bandamento é bem definido pela formação ferrífera, de fácies carbonáticas e chert encontrada nos horizontes da BIF, com uma inclinação geral de azimute de 70⁰ a 80⁰ e mergulho de aproximadamente 30⁰ a 35⁰ ao para sul.

Em Roça Grande, a mineralização de ouro é mais comumente associada aos horizontes de BIF. Nos corpos mineralizados RG01, RG02, RG03 e RG06, a mineralização de ouro é desenvolvida aproximadamente de forma paralela ao bandamento primário e está relacionada a faixas centimétricas de pirrotita maciça e arsenopirita disseminada. Em muitos casos, teores melhores de ouro estão localizados ao longo do contato da capa (hangwall) da sequência de formação ferrífera e são hospedados por formação ferrífera de fácies carbonatada. Os teores geralmente diminuem em direção à lapa ou footwall onde a formação ferrífera se torna mais rica em sílica. No corpo mineralizado RG07, o ouro é encontrado hospedado em veios de quartzo contidos dentro de um xisto com sericita (clorita) associado a uma zona de cisalhamento com orientação leste-oeste (Machado, 2010).


Mina Pilar


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